A presença de brasileiros jogando na Arábia

A regra é clara: A Arábia Saudita vem crescendo no futebol. Ela está ganhando mais público, mais atenção e, acima de tudo, mais dinheiro. Embora o futebol árabe não atinja o mesmo nível das ligas europeias, está melhorando com a presença de jogadores de alto escalão que optaram por jogar lá. Um exemplo marcante foi a ida de Cristiano Ronaldo para o Al-Nassr.

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Da mesma forma, jogadores brasileiros começaram a desembarcar em peso por lá. Desde atletas menos consagrados até os de alto nível. Vamos conhecer alguns desses “brazukas” que estão atuando nas terras árabes.

Roberto Rivelino

Começando com um craque das antigas, aqui vai uma curiosidade: sabia que o Rivelino jogou pelo Al-Hilal entre 1979 e 1981? Pois é, torcedor corinthiano, um dos maiores craques da história do Timão já deu um pulinho por lá.

O campeão mundial de 1970 atuou pela equipe azul e branca por 3 anos, influenciado pelo treinador Mário Lobo Zagallo, então técnico da equipe do Oriente Médio. Rivelino participou de 53 partidas e marcou 26 gols, encerrando sua carreira nos gramados por lá.

Mas não foi só dentro de campo que Rivelino deixou sua marca. Fora das quatro linhas, ele se tornou um verdadeiro embaixador do futebol brasileiro, espalhando alegria e inspiração por onde passava. Sua presença no Al-Hilal não só elevou o nível do futebol árabe, como também abriu portas para outros jogadores brasileiros brilharem no Oriente Médio.

Denílson

Atualmente, como comentarista do programa Jogo Aberto, Denilson Show, como é chamado, já driblou pelas terras árabes anos atrás. O baixinho, campeão do mundo pela seleção em 2002, trocou o Bordeaux da França pelo desafio de jogar no Al-Nassr em 2006.

“(Estou) muito surpreso com a cidade de Riad. Fui muito bem recebido aqui na Arábia Saudita e não vejo a hora de estrear” – Denílson ao UOL

No entanto, a passagem foi muito curta. Denilson disputou apenas 15 partidas e retornou ao Brasil para continuar seu condicionamento físico no Palmeiras. E assim, entre dribles geniais e momentos inesquecíveis, Denilson deixou sua marca no Al-Nassr e na memória dos torcedores sauditas, eternizando seu nome como um dos maiores ídolos que já pisaram nos gramados árabes.

Bebeto

O que dizer sobre Bebeto? Campeão do Mundo em 1994, parceiro inseparável de Romário, artilheiro nato. Todas as credenciais para se sair bem por onde quer que passe, inclusive no Oriente Médio. O craque brasileiro foi contratado em setembro de 2002 pelo Al-Ittihad.

Mas, como a passagem de Denílson, foi bem rápida. Bebeto jogou por apenas cinco partidas e ficou por dois meses. A razão para essa rápida passagem foi a dispensa do clube saudita, devido à má condição física do atleta. Além disso, o atacante vinha sendo criticado por suas atuações aquém do esperado e marcou apenas um gol por lá. Uma situação triste para um jogador tão diferenciado. O Al-Ittihad foi seu último clube antes de se aposentar.

Neymar Jr.

Agora vamos falar da maior venda já feita pelo mundo árabe: a chegada de Neymar no Al-Hilal. Sem dúvida, a expectativa era muito grande para os fãs brasileiros que torcem pelo jogador, já que não se sabia ao certo para onde ele iria jogar depois de uma passagem conturbada pelo PSG. E então veio a notícia: o Al-Hilal desembolsou cerca de 90 milhões de euros pelo brasileiro (aproximadamente 540 milhões de reais). Esta foi a maior venda de um clube não europeu na história do futebol árabe.

Neymar, até a escrita deste artigo, ainda está atuando por lá. No entanto, o ex-menino da vila se recupera de uma grave lesão sofrida pela Seleção Brasileira no amistoso contra o Uruguai. Assim, Neymar ainda não conseguiu mostrar todo o seu potencial pelo mundo árabe. Até agora, são cinco jogos, um gol e três assistências. Uma média boa. Vamos ver como será após seu retorno de lesão.

Anderson Talisca

Se até agora falamos de jogadores que não desempenharam um bom futebol (até o momento) pelo Oriente Médio, podemos afirmar que Anderson Talisca é o Rei Brasileiro da Arábia. Jogando há três anos no Al-Nassr, Talisca esbanja a alegria e habilidade brasileira pelas terras árabes.

Nascido em Feira de Santana, na Bahia, o jogador atuou nas categorias de base do Vasco antes de chegar ao profissional do Bahia, onde começou a se destacar e chamar a atenção de outros clubes. Sempre se diferenciou pela sua habilidade e esforço dentro de campo. Após deixar o time nordestino, teve passagens pelo Benfica e pelo Guangzhou, da China, antes de chegar ao mundo árabe.

Talisca chegou ao Al-Nassr e se tornou peça fundamental da equipe. Ele se tornou o herói daquele time que buscava um protagonista. Ou seja, antes mesmo da chegada de Cristiano Ronaldo, já havia um líder e um jogador diferenciado. Até o momento, em três temporadas, Talisca acumula impressionantes 68 gols e 10 assistências em 85 partidas. Está jogando muito por lá (uma pena que ainda não foi chamado para a Seleção Brasileira).

E ainda há mais por vir

E não dá pra negar a importância desses jogadores pros clubes da Arábia Saudita. Eles tão lá, não só pra jogar bola, mas também para inspirar os jovens talentos locais, mostrando que com trabalho duro e dedicação, dá pra chegar longe no esporte. E não é só dentro de campo que esses caras tão fazendo a diferença, não! Eles tão lá, representando o Brasil, mostrando nossa paixão pelo futebol e fortalecendo os laços entre os dois países.

Então, é isso, galera! Vamos ficar de olho nessa galera que está levando o nome do Brasil para além-mar, mostrando que o futebol árabe é uma grande família, onde todos têm seu lugar. E quem sabe, né? Daqui a pouco não vemos mais brasileiros dando seus dribles pelas ruas da Arábia Saudita, quem sabe até conquistando títulos e deixando sua marca na história do futebol mundial. Porque, afinal, no futebol tudo é possível, e esses caras tão aí pra provar isso!