A regra é clara: a Copa do Brasil é um torneio e tanto! Sem dúvida, ela é um dos torneios mais equilibrados e legais de serem assistidos, já que tem equipes de todos os lugares do Brasil. A Copa do Brasil, minha gente, é um caldeirão de emoções, onde a zebra pode aparecer a qualquer momento e deixar todo mundo de boca aberta.
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Obviamente, as equipes que possuem mais poder aquisitivo têm mais favoritismo nas partidas contra clubes menos conhecidos. Porém, o futebol é uma caixinha de surpresas e ele sempre nos proporciona as famosas “zebras”. E na Copa do Brasil, não seria diferente. Vem conhecer alguns dos maiores azarões que já derrotaram gigantes do futebol brasileiro.
Globo e Internacional (2022)
Vamos começar com alguns dos confrontos mais recentes entre Internacional, de Porto Alegre, contra o Globo, equipe do Rio Grande do Norte. O placar, meu amigo, foi um 2 a 0 pra lá de surpreendente pro Globo. E os autores dos gols? Segura aí que eu te conto!
O início da partida demonstrou um Internacional muito apático e um Globo aguerrido, querendo vencer a todo custo. A equipe nordestina, jogando em casa na Arena Barretão, teve boas oportunidades. Rômulo teve uma chance, mas foi desarmado pelo meia Maurício, e Hitalo tentou, mas Daniel fez a defesa.
O Inter tinha peças melhores e foi vice-campeão brasileiro no ano anterior, entretanto, isso não abalou o time do Globo, que voltou para o segundo tempo disposto. Com bastante pressão, o gol do Globo finalmente saiu (e de uma maneira inesperada). Aos 9 minutos, Fernando teve uma falta para bater perto da meta do Inter. Ele chutou rasteiro, fraco, mas o goleiro Daniel aceitou, com a bola passando embaixo de suas pernas. Um verdadeiro frango. 1 a 0 Globo
E em teoria, a equipe colorada buscaria o empate, mas foi possível perceber que o gol sofrido abalou a equipe. Isso deixou o time nordestino mais tranquilo na partida. Já no final, Rômulo fechou o caixão do Inter em um belo contra-ataque. Que vitória do Globo.
Cruzeiro e Juazeirense (2021)
Saindo do sul do país e chegando ao sudeste, temos mais um gigante caindo para um Golias na Copa do Brasil. Desta vez foi o Cruzeiro que foi derrotado nos pênaltis para o Juazeirense, da Bahia.
Na verdade, a Raposa fez seu dever de casa e venceu a primeira partida no Mineirão por 1 a 0, com gol de Bruno José. Foi na partida de volta que tudo mudou. Jogando no estádio Adauto Moraes, em Juazeiro, o modesto time baiano venceu a partida por 1 a 0, com gol de Thauan, e levou a partida para os pênaltis (o temível pênalti).
Lembrando que o primeiro tempo da partida foi bem abaixo das duas equipes, sem muitas chances claras de gol e com os goleiros trabalhando muito pouco. Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro voltou pressionando e teve boas chances com Bissoli e Bruno José (autor do gol da primeira partida). Mas foi o Juazeirense, que após pressionar mais o Cruzeiro, chegou ao seu gol aos 40 minutos, levando a partida para os pênaltis.
E nos pênaltis? 3 a 2 para os donos da casa. O time mineiro perdeu três penalidades com Rômulo, Felipe Augusto e Matheus Barbosa. Com a eliminação, o Cruzeiro deixou de embolsar R$2,7 milhões, premiação dos times que disputarão as oitavas de final do torneio mata-mata. E lembrando que a Raposa vive crises financeiras há um bom tempo.
Paulista e Fluminense (2005)
Agora, vamos dar uma olhada nessa zebra histórica que abalou as estruturas do futebol brasileiro. Estou falando do embate entre o Fluminense de Abel Braga e o Paulista de Jundiaí, sob o comando de Mancini.
Primeiramente, é preciso destacar a jornada épica do Paulista, enfrentando verdadeiros gigantes no caminho até a final. Começaram encarando o Juventude na primeira fase. Depois, um empate emocionante em 2 a 2 contra o Botafogo garantiu a passagem para as oitavas de final. O próximo desafio foi contra o Internacional, onde avançaram nos pênaltis. Em seguida, o Galo superou o Figueirense na semifinal e, por fim, derrotou o Cruzeiro. Agora, a decisão seria contra o Fluminense.
A partida de ida foi um verdadeiro show do Galo, vencendo por 2 a 0 e precisando apenas segurar um empate no jogo de volta para conquistar o título. E assim aconteceu. O segundo jogo da final, realizado em São Januário no dia 22 de junho, permaneceu em 0 a 0, consagrando um novo campeão da Copa do Brasil.
Os destaques do Paulista ficam para Réver (que posteriormente, ao lado de seu companheiro de equipe Victor, se tornaram ídolos do Atlético-MG), Cristian e Márcio Mossoró, que foram reconhecidos no cenário do futebol brasileiro. Além disso, o título projetou o técnico Vagner Mancini no mercado. Infelizmente, a situação atual do time do Galo não é das melhores, mas sua conquista sempre será lembrada na história do torneio.
Santo André e Flamengo (2004)
Assim como o Paulista, o time do ABC paulista batalhou muito para chegar à final. Nas quartas de final, enfrentou o Palmeiras em dois jogos eletrizantes, com placares de 3 a 3 (em casa) e 4 a 4 (fora). O Ramalhão seguiu adiante na competição graças ao critério do gol fora de casa. Na fase seguinte, o Santo André levou a melhor diante do Atlético-MG, com um placar agregado de 3 a 2. E durante o restante da campanha, superou outros três adversários: Novo Horizonte-GO, Guarani-SP e 15 de Novembro-RS.
Na final, enfrentou o Flamengo de Abel Braga, que contava com nomes de peso como o goleiro Júlio César, ex-Inter de Milão e três vezes goleiro da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, além dos talentosos Ibson, Felipe e Fabiano Eller.
O jogo de ida terminou empatado em 2 a 2, em São Paulo. Na volta, a expectativa estava toda do lado carioca, com 70 mil torcedores fervorosos no Maracanã. Mas como o futebol adora nos surpreender, o Ramalhão se impôs e venceu por 2 a 0, com gols do atacante Sandro Gaúcho e do meia Élvis, silenciando a torcida rubro-negra naquela noite memorável de 30 de junho de 2004.
Então é isso, galera, fiquem ligados, porque na Copa do Brasil sempre tem espaço para a zebra aparecer e bagunçar o tabuleiro. É por isso que amamos esse esporte, não é mesmo? Pelos momentos imprevisíveis, pelas histórias incríveis e pela magia única que só o futebol tem
Palmeiras e Asa de Arapiraca (2002)
Essa partida entre Palmeiras e ASA de Arapiraca na Copa do Brasil de 2002 foi uma verdadeira reviravolta, uma daquelas zebras que deixam todo mundo de queixo caído e botam o time pequeno no mapa do futebol brasileiro.
O Palmeiras, todo favorito, todo cheio de craques, foi lá e deu de cara com o ASA, um time que ninguém dava nada. O Verdão tinha até o mestre Vanderlei Luxemburgo no comando, e caras como Marcos, Arce e Galeano no elenco. Mas o que ninguém esperava é que o ASA ia dar um nó no Palmeiras e sair vitorioso.
Mesmo com a derrota, ASA eliminava o Palmeiras no Parque Antarctica (Reprodução: Arquivo Estadão)
No primeiro jogo, lá em Arapiraca, o ASA mostrou que não estava pra brincadeira e venceu por 1 a 0, deixando a galera palmeirense de cabelo em pé. E aí, quando todo mundo achava que o Palmeiras ia virar o jogo no Palestra Itália, o ASA veio e aprontou de novo, perdendo só por 2 a 1, mas garantindo a classificação pelo gol marcado fora de casa. É ou não é pra deixar qualquer um perplexo?
E olha só que ironia do destino, meu camarada: o sonho dos alagoanos durou pouco, porque na fase seguinte eles foram eliminados pelo Confiança, do Sergipe. Mas ó, mesmo assim, a vitória sobre o Palmeiras foi daquelas que ficam marcadas na história, que fazem a gente acreditar que tudo é possível no futebol.
E novas histórias vão ser escritas…
E tem mais, muito mais histórias de zebras na Copa do Brasil, porque né, essa competição é uma caixinha de surpresas. Às vezes, os pequenos se transformam em gigantes por uma noite e os grandes são humilhados diante de todos. É o futebol, meu amigo, uma mistura de paixão, emoção e imprevisibilidade, onde nada é certo até o juiz apitar o fim do jogo.
Então é isso, galera, fica ligado que na Copa do Brasil sempre tem espaço para a zebra dar o ar da graça e bagunçar o tabuleiro. É por isso que a gente ama esse esporte, né? Pelos momentos inesperados, pelas histórias incríveis e pela magia que só o futebol tem.
“Sou um estudante de jornalismo motivado. Se estiver em uma mesa de bar, com um suco (sim, porque não tomo cerveja), pode apostar que vou entregar os melhores papos, principalmente sobre futebol. Tenho interesse em desbravar tudo que ronda o esporte mais amado do país e uma boa história.
Nos tempos livres (que são poucos), prefiro me entreter no mundo digital, com jogos, filmes e séries. Natural de São Paulo, tenho o sonho cobrir um dos maiores campeonatos esportivos do mundo: a Copa do Mundo. Todos os dias, me esforçando para realizar esse grande sonho.”