Convocado por Dorival Jr., o meio-campista Matheus Pereira ganhou seus primeiros minutos pela seleção brasileira. A convocação foi vista com bons olhos pela mídia e pela torcida, uma vez que o atleta havia sido cobrado em listas anteriores. O jogador, nascido em Belo Horizonte, já havia confidenciado a importância que o Brasil teve em seu retorno ao futebol e às Minas Gerais, após um conturbado momento em sua vida e carreira.
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Mas Matheus não foi o primeiro mineirinho a integrar a canarinha. Será que você conhece todos? Calce suas chuteiras, prepare sua memória e mergulhe nessa lista conosco para descobrir todos os mineiros que foram a seleção!
Pelé
O rei do futebol deu seus primeiros passos no esporte – ainda como Edson Arantes do Nascimento – em sua cidade natal de Três Corações, no interior de Minas Gerais. Foi ali que a história de amor entre o craque e a bola começou, um romance que nem o tempo foi capaz de separar. Hoje Pelé não é apenas um gênio, mas um sinônimo de grandeza e vitória.
Toninho Cerezo
Encantando o mundo em 1982 com a seleção do também mineiro Telê Santana, o belo-horizontino Toninho Cerezo foi um pilar do futebol brasileiro, se tornando ídolo no Atlético Mineiro. Assim, na seleção dos mineiros, Cerezo se consagrou como um dos maiores nomes de sua posição (volante), sendo lembrado até os dias de hoje.
Roque Junior
Ídolo do Palmeiras, o zagueiro foi campeão do mundo na Copa de 2002, montando uma grande dupla com Lúcio. O mineiro de Santa Rita do Sapucaí se transformou em um dos melhores defensores de sua época, vencendo naquela mesma temporada a Champions League com o histórico Milan, clube italiano recheado de craques que se tornou sonho de qualquer jogador. Roque nunca foi um badalado defensor, mas mesmo pouco valorizado, sempre figurou entre as grandes equipes, retornando ao alviverde paulista em 2008, mas encerrando sua carreira apenas em 2010 quando atuava pelo Ituano.
“O craque costuma antever as jogadas, saber antes Como ele sabe? Sabendo. Existe um saber que antecede o pensamento.” –
Tostão
Maior artilheiro do Cruzeiro, Tostão estava no famoso esquadrão de 1970 como um dos principais jogadores daquele poderosíssimo ataque. Junto de Pelé, foi mais um representante dos mineiros naquela genial seleção. Comparado a Maradona e Messi, o craque nasceu em Belo Horizonte e após diversas lesões se alinharem com um deslocamento da retina, o Rei Branco pendurou suas chuteiras. Após isso, formou-se em medicina, dividindo seu tempo entre o exercício da profissão com a escrita de colunas no jornal Folha de São Paulo.
Gilberto Silva
Ídolo do Atlético Mineiro, o volante de Lagoa da Prata foi campeão do mundo em 2002. Nesta mesma iluminada temporada, Gilberto chegou ao Arsenal, clube inglês que assistiria futuramente o brasileiro ser idolatrado pela sua torcida. Após vencer a taça da Premier League da temporada 2003/2004 de maneira invicta, Gilberto se tornou conhecido em terras londrinas como “The Invisible Wall”, ou em português “A Muralha Invisível”.
Dirceu Lopes
Um dos maiores ídolos do Cruzeiro – e há quem diga que seja o maior – Dirceu Lopes nasceu em Pedro Leopoldo. Foi convocado para a seleção brasileira em jogos anteriores à Copa do Mundo de 1970, não viajando ao México pela saída de João Saldanha da direção da equipe. Após a demissão do treinador, Zagallo argumentou que haviam diversos jogadores para uma mesma posição, convocando em seu lugar o centroavante Dadá Maravilha.
Piazza
Sendo um volante que foi recuado para a posição de zagueiro em meio a abundância de craques em 1970, Wilson Piazza formou com Brito o que é considerada uma das melhores defesas da história da seleção brasileira, tanto em sua marcação quanto em sua saída de bola. Nascido em Ribeirão das Neves, Piazza participou do histórico time do Cruzeiro campeão da Copa Libertadores em 1976, sendo capitão e um dos principais jogadores da equipe.
Fred
Grande ídolo do Fluminense, segundo maior artilheiro do brasileirão e jogador dos rivais de Belo Horizonte, o mineiro de Teófilo Otoni jogou a Copa do Mundo de 2014 pelo Brasil, em uma polêmica campanha. Criticado por seu baixo aproveitamento, Fred já descreveu esse momento como o pior de sua carreira, se vendo pressionado por todos os lados após uma vexatória eliminação de 7 a 1 para a Alemanha. Se envolvendo em uma controversa transferência entre Atlético e Cruzeiro, o centroavante ficou longe de ter um fim de carreira melancólico. Retornando ao tricolor carioca, se estabeleceu como um dos principais nomes do clube.
Reinaldo
Sendo um dos maiores ídolos da história do Atlético Mineiro, o centroavante Reinaldo foi um dos atletas convocados da Copa de 1978. Porém, o mineiro de Ponte Nova teve alguns problemas em sua passagem pela canarinho. Conhecido por ser ativo politicamente, Reinaldo realizou sua saudosa comemoração de punho cerrado após marcar o gol de empate do Brasil contra a Suécia. Tal gesto mudaria para sempre a sua história na seleção brasileira. A partir daquele momento o jogador foi sacado do time, não voltando a campo em nenhuma partida posterior.
Fabrício Bruno
Jogador do Flamengo e no radar da Europa, Fabrício Bruno vestiu a camisa da seleção neste ano de 2024, sendo convocado por Dorival Júnior. Apesar de ter chegado no auge de sua carreira no rubro-negro carioca, o zagueiro é mineiro e nasceu em Contagem. Participou da base do Cruzeiro, clube que o revelou para o futebol, Fabrício é mais um dos mineiros que defende o rubro-negro carioca.
Danilo
Atual capitão da seleção brasileira, o lateral mineiro – nascido em Bicas – recebe elogios de Dorival, mas continua criticado por comentaristas e torcedores, deixando sempre uma pulga atrás da orelha dos mais analistas de sua posição. Danilo está a 11 anos em solo europeu. Lá se tornou o primeiro capitão estrangeiro da Juventus – clube onde permanece como capitão até o presente momento – a levantar uma taça.
Minas Gerais: Um Oásis de Craques em meio ao Eixo Rio-São Paulo
A história da seleção brasileira se confunde com a de clubes paulistas e cariocas. Muitas vezes utilizados de base para as competições, é conhecida a dificuldade de um jogador – que não atua no futebol europeu e fora do grande eixo – receber a oportunidade de representar seu país. Porém, revelando ao mundo os mais diversos craques, o estado do Rei do futebol não teve representante em um título da seleção apenas em 1994, quando o Rio Grande do Sul levou um número maior de atletas.
Apesar disso, a importância dos jogadores e clubes mineiros para a criação do DNA brasileiro de futebol é inegável. Será que veremos esse reconhecimento retornar em um futuro? Enquanto o sonho ainda não se torna realidade, acompanhamos de maneira ansiosa as próximas convocações. A torcida está voltada à validação de Minas como uma potência futebolística.
Estudante de Comunicação Social – Jornalismo, sou um apaixonado pela escrita e leitura desde jovem. Mergulhando neste mundo me encantei pelo futebol, filmes, livros e entretenimento geral sempre buscando estar ligado às novidades do mundo.