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O milagre de Istambul: a grande final da Champions League da década

A regra é clara: as finais da Champions League têm um charme especial. Quase sempre, elas trazem histórias incríveis dos tempos que chegaram até ali, dos jogadores que se destacaram durante toda a competição até aquele momento, atletas que se despedem de seus clubes e têm a chance de sair vitoriosos, entre outras coisas. Há sempre muita coisa acontecendo por trás das câmeras.

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Assim, é impossível falar de finais da Champions sem mencionar o “Milagre de Istambul” em 2005. Foi uma batalha monumental entre Liverpool e Milan, um duelo de gigantes. É uma daquelas finais de Champions League que ninguém jamais esquecerá, uma verdadeira montanha-russa de emoções e reviravoltas que deixou o mundo todo boquiaberto! E aqui, neste artigo, vamos contar tudo até a grande final na Turquia.

Vamos começar com a jornada dos ingleses até chegarem em Istambul. Vale ressaltar que a equipe vivia sua época de ouro e contava com ícones como Gerrard, Xabi Alonso e Carragher. Eram fenomenais. Mas não tive uma vida fácil ao longo da competição.

Na fase de grupos, a equipe avançou em segundo lugar no Grupo A, que contou com Mônaco, Olympiacos e Deportivo de La Coruña. Ao todo, somaram 10 pontos nesta fase inicial, com três vitórias (contra Mônaco e Olympiacos em casa, e La Coruña fora de casa), um empate e uma derrota. No final das contas, garantimos a classificação, meio na marra, mas com o coração pulsando mais forte do que nunca.

crespo chuta de cavadinha na saida do goleiro para abrir o placar na final do champions league
Crespo faz o segundo gol na final da decisão após belo passe de Kaká (Reprodução: Milan FC)

Depois veio a Juventus, nas quartas. Essa batalha foi de tirar o fôlego! O Liverpool perdeu a primeira partida, mas na volta, em Anfield, foi uma verdadeira explosão de emoções. Os Reds dominaram o jogo, viraram o placar e garantiram a vaga na base da raça e da paixão dos torcedores.

O próximo desafio foi o Chelsea. Foi de arrepiar! Dois gigantes se enfrentaram em um duelo épico, digno de uma semifinal da Liga dos Campeões. Os confrontos foram duríssimos. No início, um 0 a 0 amargo fora de casa. As duas equipes pararam nos goleiros e tiveram grandes chances perdidas. Mas veio o jogo de volta, em Anfield, mais uma vez. O Liverpool teve que dar o seu sangue e o resultado foi um gol milagroso de Luis García, garantindo a vitória e a vaga na final.

Antes de mais nada, precisamos dar uma olhada na equipe do Milan. E que tempo poderoso eles tinham! Olha só esses jogadores: Dida, Cafu, Maldini, Kaká, Shevchenko, Alessandro Nesta, Clarence Seedorf, Andrea Pirlo, entre outros craques. Era um encapsulado de estrelas do futebol mundial e, sem dúvida, um dos maiores da história do esporte. Agora, vamos ver como eles se saíram até os 90 minutos finais (ou melhor, 120 minutos).

Tudo começou na fase de grupos, onde o Milan mostrou que estava determinado a brigar pelo título. Com atuações sólidas e um futebol de encher os olhos, eles passaram pela fase de grupos sem grandes sustos, mostrando que estavam mais do que preparados para enfrentar os desafios que viriam pela frente. Os italianos lideram o Grupo F com 13 pontos conquistados, enfrentando Barcelona, ​​Shakhtar Donetsk e Celtic nessa primeira fase.

E então, meus amigos, chegou a hora do mata-mata, a parte mais emocionante da competição. Nas oitavas de final, o Milan encarou o Manchester United, em um duelo de gigantes do futebol europeu. O time inglês contou com craques como Cristiano Ronaldo (que estava surgindo para o futebol), Giggs e Paul Scholes. Foi um confronto difícil, mas o Milan mostrou sua força e garra, conseguindo duas vitórias suadas nos placares agregados, que terminaram 2 a 0 com dois gols de Crespo.

Depois veio o embate contra o poderoso Inter de Milão, nas quartas de final. Um clássico local que parou na cidade de Milão. Foi um jogo de tirar o fôlego, com o Milan mostrando sua superioridade. Venceram a primeira partida por 2 a 0 e a segunda por 3 a 0, garantindo uma vaga na semifinal com uma vitória convincente. Destaque para as boas atuações do goleiro Dida, que fechou o gol nas duas partidas.

E então, meus amigos, chegaram à semifinal contra o PSV Eindhoven. Um adversário perigoso, mas o Milan não se deixou intimidar. Com um futebol envolvente e muita determinação, comandado pelo italiano Carlo Ancelotti, eles conseguiram superar o PSV, mas sem dificuldades. Venceram a partida em casa por 2 a 0, mas no jogo de volta, levaram um 3 a 1. Pelos classificados do gol fora de casa, avançaram para a próxima fase e garantiram um lugar na grande final da Liga dos Campeões.

Chegamos à mais temida: uma grande final. Mais de 70 mil torcedores lotaram o belo estádio Atatürk, em Istambul, e ninguém imaginava o que iria acontecer.

E logo de cara, o Milan parecia estar com tudo. Eles abriram o placar com dois gols logo nos primeiros minutos, como se estivessem tocando uma sinfonia perfeita e deixando o Liverpool atordoado. Maldini iniciou os trabalhos aos 55 segundos de jogo após escanteio cobrado por Pirlo. Aos 38 minutos, Crespo ampliou. E no final da primeira etapa, o meia brasileiro Kaká deu um passe genial, para o argentino fazer mais um para os italianos. A torcida dos ingleses estava em silêncio, a esperança parecia perdida, mas aí entra o tal do espírito do futebol, né?

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Paolo Maldini fez o primeiro gol da partida, dando a vantagem para o time do Milan (Reprodução: AC Milan)

Porque, do nada, o Liverpool decidiu que não estava pronto para desistir. Eles voltaram para o segundo tempo como se estivessem possuídos por uma força sobrenatural. E assim começou a lenda do milagre de Istambul.

Gerrard, o capitão, foi o primeiro a marcar, dando o pontapé inicial na reviravolta épica. Depois veio Smicer, com um gol que fez o estádio ser destruído em comemoração. E para completar a tríade da virada, Xabi Alonso, com um gol de rebote após ter seu pênalti defendido por Dida. 3 a 3 em 14 minutos do segundo tempo. A final estava empatada.

E aí, quando todo mundo já estava achando que o roteiro não poderia ficar mais maluco, o jogo foi para a prorrogação. É claro que o Liverpool não deixaria escapar a oportunidade de coroar sua incrível reviravolta. Foi como se eles estivessem destinados a vencer naquela noite. É preciso relembrar a defesa heróica do goleiro Dudek, aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, depois de duas chances a queima-roupa de Shevchenko. Defesa Heróica.

E assim aconteceu. Com uma defesa sólida e uma determinação inabalável, o Liverpool garantiu o Milan na prorrogação e levou o jogo para os pênaltis. Na primeira cobrança, para os italianos, o brasileiro Serginho mandou para fora. Daí para frente, o Milan estava perdendo ânimo. E quando o último pênalti do Milan foi defendido pelo grande Jerzy Dudek, a festa estava garantida. O Liverpool conquistou o título de campeão da Liga dos Campeões, em uma final que vai ficar marcada para sempre na história do futebol.

A Champions League consegue nos proporcionar histórias e partidas memoráveis. Com certeza você conhece alguém que assistiu esta partida e se impressionou com o final dela. E depois desta final, ainda surgiram boas finais e sempre surgirão. O que nos resta é apenas apreciar esta grande competição. Obrigado, Liga dos Campeões.

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