A final emblemática entre São Paulo e Tigre
A regra é clara: a Sul-Americana também tem seu valor. Muitas pessoas costumam menosprezar a disputa da Sul-Americana, considerando-a uma competição menor e de pouca relevância, já que é uma espécie de segunda opção para as equipes que não se classificam para a Libertadores. No entanto, eu vejo as coisas por outro prisma, ainda mais quando se lembra de São Paulo e Tigre em 2012
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Apesar de não ter sido tão ruim quanto a Libertadores, a Sul-Americana já proporcionou grandes momentos e serviu como plataforma para as equipes demonstrarem sua capacidade e ressurgirem no cenário internacional, como foi o caso do Athletico-PR e do Fortaleza, que alcançaram as últimas decisões da competição. Vamos agora relembrar a final entre São Paulo e Tigre, uma partida que ficou marcada na história do torneio.
Como foi o caminho do São Paulo até a final?
Vamos dar uma olhada no percurso que cada equipe percorreu até chegar ao final. O São Paulo iniciou sua jornada na fase de grupos, onde enfrentou adversários difíceis e conseguiu se classificar para as oitavas de final com uma atuação sólida. Na primeira fase, o Bahia foi derrotado, vencendo ambas as partidas, incluindo um golaço de falta marcado por Rogério Ceni no primeiro jogo.
Na etapa seguinte, o desafio ficou mais complicado. O confronto foi contra a LDU de Loja. No jogo de ida, o São Paulo fez uma longa viagem de mais de 20 horas para chegar à cidade do jogo, precisando utilizar dois meios de transporte diferentes. Além disso, teve que lidar com o desafio da altitude, que sempre é um obstáculo para as equipes brasileiras. No entanto, o Tricolor Paulista declarou garra e conseguiu arrancar um empate por 1 a 1. No jogo de volta, realizado no Morumbi, houve outro empate (0 a 0), mas o São Paulo avançou para a próxima fase pelo classificado do gol marcado fora de casa.
O próximo desafio foi contra a LDU, uma equipa com tradição em competições internacionais no continente. No primeiro jogo, fora de casa, o São Paulo conquistou uma vitória por 2 a 0, com dois gols marcados pelo atacante Willian José, que enfrentou críticas da torcida. Já no jogo de volta, foi um verdadeiro espetáculo! O São Paulo venceu por 5 a 0, com direito a gols espetaculares, garantindo assim sua vaga na semifinal da competição. A final estava cada vez mais próxima.
Como foi o caminho do Tigre até a final?
Chegou então a semifinal, que se revelou uma verdadeira batalha e poderia ter sido o caminho final do São Paulo na competição. O adversário foi a Universidad Católica do Chile. O time comandado por Ney Franco teve um desempenho superior na maior parte do primeiro jogo, mas pecou na hora de finalizar e desperdiçou muitas oportunidades. O resultado foi um empate por 1 a 1.
No jogo de volta, precisando de um empate ou de uma vitória para avançar à final, o São Paulo teve uma grande atuação do goleiro chileno Toselli, que defendeu todas as chances de gol do Tricolor. No entanto, o rompimento veio com o apito final e o placar de 0 a 0, garantindo mais uma classificação para o São Paulo. Agora, era a hora da grande final!
De Portugal, ele foi emprestado ao Chaves e depois ao Nuremberg, da Alemanha, onde continuou evoluindo e ganhando experiência. Mas foi na Inglaterra que Matheus Pereira realmente brilhou. No West Bromwich Albion, ele se tornou uma peça-chave da equipe, ajudando o time a subir para a Premier League.
Na semifinal, o Tigre derrotou os Millonarios, da Colômbia, em uma disputa acirrada. No primeiro jogo, em casa, o Tigre conseguiu um empate por 0 a 0, mostrando sua resiliência diante de um adversário difícil. Na partida de volta, fora de casa, o Tigre brilhou e empatou por 1 a 1, garantindo assim sua vaga na semifinal.
Foi uma jornada emocionante para os torcedores do Tigre, que viram sua equipe superar desafios e mostrar toda sua determinação ao longo do caminho. Agora, com o final se aproximando, o Tigre estava pronto para lutar pelo título
A grande final!
Como em toda fase eliminatória, a final foi disputada em duas partidas. A primeira aconteceu em 05 de dezembro de 2012, na La Bombonera, estádio do Boca Juniors. E logo aos 12 minutos da primeira etapa, um baque para o São Paulo. Luís Fabiano, o atacante e artilheiro da equipe brasileira, foi expulso. Isso fez com que o Tricolor Paulista enfrentasse muitas dificuldades para passar pela defesa dos argentinos. O placar terminou em 0 a 0.
Era dia 12 de dezembro de 2012. Um dado marcante não só pela final da Sul-Americana. O dia coincidiu com a conquista do Tricolor como bicampeão mundial de clubes sobre o Milan, em 1993. A festa já começava nas arquibancadas. Mais de 67 mil torcedores lotaram o estádio, comemorando e homenageando o jogador Lucas, que se despedia do São Paulo e disputou sua última final com a camisa do time. E então, a partida teve início.
A grande final!
O São Paulo mostrou superioridade técnica desde o princípio. O Tricolor dominou o jogo e Lucas foi o jogador que mais desequilibrou a partida. A recompensa veio aos 22 minutos, quando Willian José deu o passe para Jadson, a defesa do Tigre bloqueou, mas a bola sobrou para Lucas, que cortou e chutou de perna esquerda, marcando o primeiro gol. O estádio explodiu em comemoração.
Não demorou para que o São Paulo ampliasse a vantagem. Novamente com a participação de Lucas, ele tocou em profundidade para Osvaldo, que encobriu o goleiro do Tigre e fez o segundo gol aos 27 minutos do primeiro tempo. O intervalo foi marcado por confusão, com os argentinos tentando invadir o vestiário dos donos da casa, mas sendo repreendidos por seguranças e pela Polícia Militar. A equipe argentina se decidiu a voltar para o segundo tempo e o São Paulo venceu por WO.
Lucas se despede do São Paulo com um título inédito (Crédito: Estadão – Jose Patrício)
O Tricolor conquistou sua primeira Copa Sul-Americana de forma invicta. A competição também rendeu o último título de Rogério Ceni como jogador de futebol. Foi um final emocionante e imprevisível, que fica para sempre na memória dos torcedores de ambas as equipes. O São Paulo mostrou sua força e determinação ao conquistar o título, representando o futebol brasileiro com emoção e orgulho
“Sou um estudante de jornalismo motivado. Se estiver em uma mesa de bar, com um suco (sim, porque não tomo cerveja), pode apostar que vou entregar os melhores papos, principalmente sobre futebol. Tenho interesse em desbravar tudo que ronda o esporte mais amado do país e uma boa história.
Nos tempos livres (que são poucos), prefiro me entreter no mundo digital, com jogos, filmes e séries. Natural de São Paulo, tenho o sonho cobrir um dos maiores campeonatos esportivos do mundo: a Copa do Mundo. Todos os dias, me esforçando para realizar esse grande sonho.”